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CBF cria grupo com médicos de seleções e clubes e não descarta testes antes de retorno ao futebol

Comissão de médicos de seleções e clubes trocam informações para avaliar medidas quando crise do coronavírus passar: "Fazer exames seria espetacular. Mas cadê os testes?"

Ainda longe de qualquer previsão de retorno das atividades no futebol brasileiro, a CBF criou grupos de trabalho para estudar diversos cenários e formular um guia para clubes e seleções. Com crescimento de infectados e de óbitos do coronavírus, a medida trata-se apenas de estudo sobre como agir quando houver possibilidade de retorno em um, dois, três meses.


É possível testar todos atletas, todos envolvidos na competição, para verificar se está imune, se foi infectado? É possível voltar aos treinos, separando grupos de atletas já testados? Jogar com portões fechados é uma possibilidade? Torna o ambiente do jogo mais seguro?

São algumas das questões que o presidente da Comissão Nacional de Médicos da CBF, Jorge Pagura, que também faz parte do grupo de estudo da Conmebol, avalia e se propõe a responder nas próximas semanas.

Inicialmente o grupo tem Pagura, Rodrigo Lasmar (médico da seleção principal), Nemi Sabeh Junior, da seleção feminina, e Fernando Solera (coordenador da Comissão de Dopagem). Nos próximos dias, médicos de clubes do futebol profissional e de base, que já enviaram algumas sugestões, vão participar de reuniões.

- É um conjunto de orientações de como deve se retomar depois de uma pandemia. Ninguém sabe quando vai voltar o futebol, mas estudamos para não pegar ninguém desprevenido, para ter uma mínima normatização. Vamos testar todo mundo? O Brasil precisa e não está testando. A maioria da população pode ter tido contato com a doença e não teve nenhuma reação ou apresentou sintoma muito leve. Estamos nos antecipando, se vai testar, como vai ser,como deve ser comportamento nos treinos, se vai isolar os grupos, se vai ter exame todos os dias. Tem tudo isso para avaliar e temos tempo para isso. Temos que estudar tudo, apresentar os protocolos, ouvir sugestões e formatar.

O senhor falou em testar todos, o que tem sido uma dificuldade no país. Como fazer?

- Se o governo vai absorver os testes para toda a população depois, o futebol também faz parte da população. Ideal seria teste para 20 milhões, 30 milhões de testes. Hoje só sabemos quem tem coronavírus por quem está internado ou teve alta. E os assintomáticos? Não podemos andar fora do governo. Estamos discutindo justamente isso. Abaixo do nível mínimo de segurança para todos envolvidos não podemos fazer futebol.

Rio de Janeiro
Por Raphael Zarko



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