O ex-policial militar Ronnie Lessa, que está preso sob a acusação ser o assassino da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018, no Rio de Janeiro, relembrou em uma entrevista à revista Veja, que começa a circular nesta sexta-feira (4), de uma breve relação que teve com Jair Bolsonaro (PL) em 2009, no que pode ser interpretado como um recado ao clã Bolsonaro pelo descontentamento com o abandono atrás das grades.
Segundo ele, após perder parte da perna esquerda devido a explosão de uma bomba colocada em seu carro, Jair Bolsonaro - que naquele momento exercia um mandato de deputado federal - interveio para que seu atendimento fosse priorizado pela Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), no Rio de Janeiro. “No final dessa história eu saio como mal-agradecido. Nunca fui apertar a mão dele”, disse Lessa que está preso Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, desde dezembro de 2020.
“Bolsonaro era patrono da ABBR. Quando soube o que aconteceu, interferiu. Ele gosta de ajudar a polícia porque é quem o botou no poder. Podia ser qualquer outro policial, disse Lessa. Ainda segundo o ex-PM, ele deixou a instituição cerca de duas semanas depois pelo fato da prótese oferecida ser “bem simplesinha” e do seguro que recebeu lhe permitir comprar uma melhor. De acordo com a reportagem, a proximidade do clã Bolsonaro com a ABBR “é pública e notória: entre 2004 e 2018, Bolsonaro destinou ao menos 4,6 milhões de reais em emendas parlamentares para a instituição, sem contar a generosidade dos filhos”.
Lessa disse, ainda, que não possui aproximação com Jair Bolsonaro, apesar de ter sido vizinho dele e do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) no Condomínio Vivendas da Barra, no Rio. “Se vi cinco vezes na vida, foi muito. Um dia cumprimenta, outro não, e mesmo assim só com a mãozinha. E nunca vi os filhos dele”, disse o ex-policial sobre Bolsonaro.
Na entrevista, Lessa também destacou que o assassinato de Marielle teria sido intermediado pelo ex-capitão Adriano da Nóbrega, chefe do bando de milicianos e assassinos de aluguel conhecido como Escritório do Crime, que foi morto pela polícia na Bahia em 2020. “Ele estava num patamar em que não entrava mais num carro para dar tiro em ninguém, mas tenho quase certeza de que o grupo dele fez”, afirmou.
Acusado de assassinar Marielle diz em entrevista que recebeu ajuda de Bolsonaro em 2009
Redação
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março 04, 2022
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