Após visitar, pela manhã, as comunidades São Sebastião do Curumitá e Campo Novo, em Tefé, e Manaquiri, em Manaus — onde dialogou com a população local sobre os impactos da seca no Amazonas —, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu outra agenda na capital do estado, acompanhado pelo governador e prefeitos de municípios amazonenses, para participar do anúncio de ações de combate às chamas e à estiagem na região, na noite desta terça-feira, 10 de setembro.
O evento ocorreu na sede da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). Seis cidades do Amazonas afetadas pela estiagem obtiveram nesta terça-feira o reconhecimento federal de situação de emergência. No total, 21 municípios estão com decreto vigente por causa do desastre climático. A medida permite a liberação rápida de recursos e apoio.
O anúncio tratou dos editais para quatro obras de dragagens de manutenção nos rios Amazonas e Solimões. No prazo de cinco anos, serão investidos R$ 500 milhões para garantir a navegabilidade segura e o escoamento de insumos, para reduzir efeitos da forte estiagem que atinge a região. Outra iniciativa foi a assinatura do termo de contrato que estabelece a retomada da construção da rodovia BR-319. As obras integram as ações federais em resposta à pior seca enfrentada pela Amazônia em 45 anos.
O presidente justificou a importância da ida da comitiva federal ao estado. “Muita gente não compreende o esforço que fazemos para visitar uma comunidade com 19 famílias, no Amazonas. São os chamados invisíveis, aqueles que não vivem nas capitais. Vim aqui para mostrar que, neste país, ninguém será esquecido, independentemente da condição social”, disse o presidente.
“Eu falo sem medo de errar: duvido que, na história do Brasil, algum presidente tenha colocado tantos recursos no Amazonas como em meus governos. E nunca os prefeitos foram tão bem tratados como nas minhas gestões”, emendou Lula.
Serão quatro trechos de dragagem de manutenção e sinalização náutica no Amazonas. Os trechos contemplados incluem: Manaus - Itacoatiara e Coari - Codajás, além de trechos em Benjamin Constant - Tabatinga e Benjamin Constant - São Paulo de Olivença.
A atual temporada de incêndios, agravada pelas mudanças climáticas, ocorre em um cenário de uma das piores estiagens na Amazônia desde meados de 2023. A região enfrenta condições climáticas extremas, que aumentam a probabilidade e intensidade dos incêndios. Já são 330 mil pessoas impactadas pela situação de emergência nos municípios da Amazônia Legal afetados.
Durante o período de seca, é possível observar a formação de praias e o surgimento de pedrais. Por isso, há a necessidade de dragagens para remoção de sedimentos acumulados dentro do canal de navegação e restabelecer a profundidade mínima de segurança da navegação, conforme estabelecido pela Marinha do Brasil.
A dragagem é feita em pontos específicos, chamados de passos críticos — locais onde o sedimento se acumulou, e não em todo o leito do rio. Em respeito ao licenciamento ambiental, o sedimento removido é depositado em outro ponto do rio, fora do canal de navegação.
A instalação da sinalização náutica, também prevista no contrato, é outra ação que visa a segurança e a orientação de navegantes a respeito do canal que deve ser seguido e dos perigos que devem ser evitados.
“Ninguém será esquecido”, diz Lula ao anunciar medidas de combate à seca na Amazônia
Redação
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setembro 10, 2024
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