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Lula propõe a criação do Conselho de Mudança do Clima nas Nações Unidas: “Não há mais tempo a perder”

Lula propõe a criação do Conselho de Mudança do Clima nas Nações Unidas: “Não há mais tempo a perder”
Foto: Ricardo Stuckert/PR


Ao discursar nesta terça-feira, 19 de novembro, no Rio de Janeiro, durante a 3ª Sessão da Reunião de Líderes do G20, que tratou do tema Desenvolvimento Sustentável e Transição Energética, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a criação do Conselho de Mudança do Clima nas Nações Unidas (ONU). O objetivo da proposta é promover a ampliação da capacidade de articulação da entidade em nível global e, com isso, acelerar a implantação das medidas acordadas nos fóruns internacionais relativas ao combate às mudanças climáticas.

“Precisamos de uma governança climática mais forte. Não faz sentido negociar novos compromissos se não temos um mecanismo eficaz para acelerar a implementação do Acordo de Paris. O Brasil convida a comunidade internacional a considerar a criação de um Conselho de Mudança do Clima na ONU, que articule diferentes atores, processos e mecanismos que hoje se encontram fragmentados”, afirmou o presidente brasileiro.

A transição energética e o combate à mudança do clima a são um dos três pilares principais da presidência brasileira no G20, ao lado da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza e as discussões em torno de uma nova governança global, capaz de promover mais representatividade nas instituições internacionais como um caminho para a estabilidade mundial. Os três temas foram incorporados à declaração final da Cúpula do G20 publicada na noite desta segunda-feira (18).

ACORDO DE PARIS

Em seu discurso, Lula lembrou aos líderes das principais economias do planeta, além dos representantes das nações convidadas, o caráter de urgência relativo às questões climáticas. Ele recordou que muito do que foi acordado em importantes fóruns internacionais não resultou em ações concretas.

“Foi no Rio de Janeiro que nasceram as três Convenções-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, Biodiversidade e Desertificação. Poucos de nós imaginavam que, três décadas depois, estaríamos vivendo o ano mais quente da história, com enchentes, incêndios, secas e furacões cada vez mais intensos e frequentes. Não há mais tempo a perder. Os esforços empreendidos desde então contribuíram para evitar um cenário pior. Mas temos que fazer mais e melhor”, alertou Lula.

“O Protocolo de Quioto se tornou referência de frustração na ação coletiva. A COP15, em Copenhague, foi um trauma que quase descarrilhou o regime climático. O Acordo de Paris está chegando a Belém com dez anos e seus resultados ainda estão muito aquém do necessário”, recordou o anfitrião do G20.



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