Últimas Notícias
Brasil

Lula rebate Trump: “Ele é presidente dos EUA, não imperador do mundo”

Lula rebate Trump: “Ele é presidente dos EUA, não imperador do mundo”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quinta-feira (17) as ameaças do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Durante entrevista à CNN, Lula foi enfático: “Ele foi eleito presidente dos Estados Unidos, não imperador do mundo”.

Trump publicou a ameaça na rede Truth Social, dizendo que aplicará tarifas punitivas ao Brasil a partir de 1º de agosto, relacionando a medida ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que chamou de “caça às bruxas” promovida pelo governo brasileiro.

Aliado de Trump, Bolsonaro é acusado de tentar derrubar o resultado das eleições de 2022 e responde a processos por tentativa de golpe de Estado. Se condenado, pode pegar mais de 40 anos de prisão.

“O Brasil não vai aceitar imposições”

Lula afirmou que o julgamento de Bolsonaro não interfere em acordos comerciais e destacou a independência do Judiciário brasileiro. “O presidente da República não tem influência nenhuma sobre o Judiciário”, disse. “Bolsonaro não está sendo julgado pessoalmente, mas pelos atos que tentou organizar para um golpe de Estado.”

O presidente também contou que, inicialmente, pensou que as ameaças de Trump eram falsas. “Foi muito desagradável. Pensei que era fake news”, disse.

Lula reforçou que o Brasil está disposto a reagir caso as tarifas sejam implementadas. “O Brasil não vai aceitar nada imposto. Nós aceitamos negociação, não imposição”, afirmou.

Abertura ao diálogo

Apesar do tom firme, Lula disse estar aberto ao diálogo, desde que haja respeito. “Se o presidente Trump quiser levar a sério as negociações em andamento entre Brasil e Estados Unidos, estarei de mente aberta para negociar”, afirmou.

Lula também minimizou as diferenças ideológicas com Trump. “Não sou um presidente progressista, sou o presidente do Brasil. E não vejo Trump como um presidente de extrema direita, mas como o presidente dos Estados Unidos, eleito pelo povo americano”, disse.

Para o presidente brasileiro, o mais importante é restabelecer o respeito entre os países. “O melhor do mundo é sentar à mesa e conversar, mas a relação entre Brasil e Estados Unidos não pode continuar como está”, concluiu.



« VOLTAR
AVANÇAR »

Nenhum comentário