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PF diz ao STF que Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao associar vacina da Covid com Aids

PF diz ao STF que Bolsonaro cometeu incitação ao crime ao associar vacina da Covid com Aids

A Polícia Federal considerou que o presidente Jair Bolsonaro cometeu crimes ao fazer uma associação - sem provas e falsamente - entre a vacinação contra Covid-19 e o suposto desenvolvimento da Aids, pediu a prorrogação do inquérito que investiga o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) e quer tomar o depoimento do chefe do Executivo.

Em manifestação encaminhada no final da tarde desta quarta-feira ao STF, a delegada da PF Lorena Lima Nascimento entendeu que Bolsonaro encorajou o descumprimento da medida sanitária que obrigava o uso de máscaras e ainda provocou alarme a terceiros de um perigo inexistente, o que seria uma contravenção penal --delito de menor potencial ofensivo.

Em uma transmissão pelas redes sociais em outubro do ano passado, o presidente disse que relatórios do governo do Reino Unido teriam mostrado que pessoas totalmente vacinadas contra Covid teriam desenvolvido Aids.

Ao enviar ao STF um novo relatório parcial das investigações, a delegada disse que é necessário realizar novas diligências para concluir as apurações, dentre elas ouvir o próprio Bolsonaro.

"(...) E, como último ato do presente inquérito, seja oportunizada a oitiva do Senhor Presidente da República, cuja formatação - presencial ou por escrito, é solicitada a devida autorização ao Exmo. Ministro Relator", pediu ela ,dirigindo-se ao ministro Alexandre de Moraes.

Procurada, a Advocacia-Geral da União não respondeu de imediato a pedido de comentário sobre a manifestação da PF.



BRASÍLIA (Reuters)



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