O presidente Lula afirmou durante a cerimônia de lançamento do Novo Mais Médicos, nesta sexta-feira (14), que a nova versão do programa “veio para ficar definitivamente e se transformar em um padrão de saúde deste país”. “O objetivo do Mais Médicos é levar aos mais longínquos rincões deste país e à maior periferia abandonada que nós temos o direito do cidadão ser atendido decentemente por profissionais especialistas na saúde, seja enfermeira, seja atendente de enfermagem, seja médico. E nós sabemos que não é fácil nos grotões desse país as pessoas aceitarem ir trabalhar”, disse Lula.
“Depois do Mais Médicos, as pessoas começaram a se politizar e a se conscientizar. Muitas vezes as entidades representativas da Medicina dizem ‘não precisa formar mais médicos porque tem muito’. É verdade, tem muitos médicos, às vezes até em excesso, na Avenida Paulista, em Copacabana, em Boa Viagem. Mas vai na periferia para ver quantos médicos faltam. Em qualquer periferia, aqui em Brasília. Não basta ter o médico, é preciso que ele esteja onde as pessoas estão, e não ficar esperando que as pessoas venham para onde o médico está”, ressaltou.
Ainda segundo o presidente, “essa nova versão do Mais Médicos veio para ficar definitivamente e se transformar em um padrão de saúde deste país. Temos que aprender que não é uma coisa da Nísia [Trindade, ministra da Saúde] ou do presidente Lula. Isso é de todos nós. Porque se não for assim, acaba”.
Lula também criticou de forma velada o desmonte do programa por parte do governo Jair Bolsonaro (PL) ao afirmar que “quando o Padilha [ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha] criou o Mais Médicos, eu não imaginava que alguém fosse capaz de acabar com o Mais Médicos. Era uma coisa tão importante para a sociedade brasileira que eu não imaginava que um presidente ou um ministro qualquer pudesse simplesmente dizer ‘esse programa não vai mais acontecer, tem muito comunista trabalhando na periferia desse país, vamos acabar com o Mais Médicos’, sem dizer o que ia colocar no lugar”.
Agora, de acordo com Lula, “a volta do Mais Médicos é como se a gente tivesse plantado uma jabuticabeira, tivesse passado alguém quando os galhos estivessem repletos de jabuticaba, balançado, caíram todas as jabuticabas e nós, agora, estamos anunciando que estamos recolocando cada jabuticaba no seu lugar, para que a sociedade brasileira posse degustar”.
“Esse ato hoje é na verdade a afirmação de que nesse país definitivamente e para sempre o dinheiro que se coloca na saúde não pode ser visto como gasto, mas tem que ser visto como investimento. Por que? Porque no Brasil precisamos decidir o que é gasto e investimento. Tudo que é social é gasto. E muitas vezes quando se discute que é preciso fazer contenção de verba, toda vez se tenta cortar exatamente do social. As pessoas que são pobres representam muito, e tudo que é colocado para elas também é um montante muito grande. Mas se você for olhar para a quantidade de pessoas, é muito pouco dinheiro para cuidar de muita gente”, ressaltou.
O programa Mais Médicos Para o Brasil, que recruta profissionais de saúde com atuação em todo o país terá custo de R$ 712 milhões neste ano. Ao todo, serão abertas 15 mil novas vagas para médicos brasileiros e estrangeiros em 2023, o que, de acordo com o governo, garantirá “acesso à saúde para mais de 96 milhões” de pessoas.
'Novo Mais Médicos veio para ficar e se transformar no padrão de saúde do Brasil', diz Lula
Redação
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julho 14, 2023
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