Últimas Notícias
Brasil

Taxa média de desemprego cai para 7,8% em 2023, menor patamar desde 2014, diz IBGE

Taxa média de desemprego cai para 7,8% em 2023, menor patamar desde 2014, diz IBGE

A taxa de desocupação chegou a 7,4% no trimestre encerrado em dezembro de 2023, um recuo de 0,3 ponto percentual (p.p.) em comparação com o trimestre de julho a setembro. O consenso LSEG era de que a taxa fosse para 7,6% no trimestre encerrado em dezembro.

Com o resultado, a taxa média anual do índice foi de 7,8% em 2023, o que representa uma retração de 1,8 p.p. frente a de 2022, quando marcou 9,6%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada hoje (31) pelo IBGE.

O resultado anual é o menor desde 2014, confirmando a tendência já apresentada em 2022 de recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia da COVID-19. O patamar está próximo do início da série histórica, em 2012, quando a taxa média foi de 7,4%. A menor taxa da série foi em 2014, com 7,0%.

A tendência é confirmada quando se observa a queda na população desocupada média de 2022 para 2023: redução de 17,6%, chegando a 8,5 milhões de pessoas. Por outro lado, a população ocupada média voltou a bater o recorde da série e chegou a 100,7 milhões de pessoas em 2023, resultado 3,8% acima de 2022. Frente à média de 2012 (89,7 milhões de pessoas), representa um aumento de 12,3%. O nível médio da ocupação (percentual ocupados na população em idade de trabalhar) também cresceu e chegou a 57,6% em 2023, 1,6 p.p. a mais que em 2022 (56,0%).

Empregados com carteira e sem carteira atingem patamar recorde em 2023 - A estimativa anual do número de empregados com carteira de trabalho assinada cresceu 5,8% no ano e chegou a 37,7 milhões de pessoas, o mais alto da série. Também a contingente anual de empregados sem carteira assinada no setor privado mostrou aumento, de 5,9%, chegando a 13,4 milhões de pessoas, também o pico da série.

O número de trabalhadores domésticos cresceu 6,2%, chegando a 6,1 milhões de pessoas. A taxa anual de informalidade passou de 39,4% para 39,2% enquanto a estimativa da população desalentada diminuiu 12,4%, alcançando 3,7 milhões de pessoas.

Rendimento médio aumenta e massa de rendimento bate recorde em 2023 - O valor anual do rendimento real habitual foi estimado em R$ 2.979, um aumento de 7,2% (ou R$199) na comparação com 2022. O resultado chega perto do maior patamar da série, em 2014 (R$ 2.989). Já o valor anual da massa de rendimento real habitual chegou a R$ 295,6 bilhões, o maior da série, com alta de 11,7% (mais R$ 30,9 bilhões) em relação a 2022.

Destaca-se que, a partir desta divulgação, os indicadores da Retrospectiva Anual de Mercado de Trabalho da PNAD Contínua serão calculados com o banco de dados anual por visita da pesquisa, refazendo inclusive a série histórica de tais indicadores. O banco anual de referência é o acumulado de primeiras visitas, exceto 2020-2022, que utilizou o acumulado de quintas visitas, devido à pandemia de Covid -19 e a resultante queda da taxa de resposta das primeiras visitas nesse período. Os valores dos indicadores estão disponíveis no SIDRA em PNAD Contínua Anual – Assunto Mercado de Trabalho.

Desocupação têm queda e carteira assinada bate recorde no quarto trimestre de 2023 - Considerando apenas o índice do trimestre de outubro a dezembro de 2023, a PNAD Contínua divulgada hoje mostra que a taxa de desocupação (7,4%) recuou 0,3 p.p. na comparação com o trimestre de julho a setembro 7,7%) e 0,5 p.p. se comparada à do mesmo trimestre de 2022 (7,9%). Foi a menor taxa desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, e a menor para um trimestre encerrado em dezembro desde 2014.

A população desocupada foi de 8,1 milhões, recuo de 2,8% no trimestre e 5,7% no ano, marcando o menor contingente desde o tri encerrado em março de 2015. A taxa composta de subutilização ficou em 17,3%, recuo de 0,3 p.p. frente ao trimestre encerrado em setembro (17,6%) e queda de 1,2 p.p. ante o mesmo trimestre de 2022 (18,5%), sendo a menor taxa desde o tri encerrado em junho de 2015 (17,3%). Já a população subutilizada foi de 19,9 milhões de pessoas, o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016. A taxa de informalidade foi de 39,1%.



Por Infomoney



« VOLTAR
AVANÇAR »

Nenhum comentário