Um atentado terrorista deixou pelo menos 25 mortos e mais de 60 feridos durante a celebração de uma missa na Igreja de Santo Elias, no bairro de Douileia, em Damasco, capital da Síria, neste domingo (23). A ação violenta, realizada com explosivos, gerou comoção global e foi amplamente condenada por autoridades internacionais, incluindo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo o Ministério da Saúde da Síria, o ataque atingiu fiéis reunidos em pleno ato religioso, agravando ainda mais o cenário de insegurança no país. A tragédia ocorre em um momento de relativa estabilidade na capital, reacendendo alertas sobre a atuação de milícias armadas na região.
O porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, afirmou que o secretário-geral da organização, António Guterres, condenou “com veemência” o atentado. “O secretário-geral expressa suas mais profundas condolências às famílias das vítimas e deseja pronta recuperação aos feridos. Ele reitera que todos os responsáveis por atos de terrorismo devem ser responsabilizados e pede uma investigação completa”, declarou Dujarric em nota oficial.
As autoridades interinas da Síria atribuíram a autoria do atentado ao grupo extremista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), já proscrito em diversos países, incluindo a Rússia. Pouco depois, o grupo Saraya Ansar al-Sunna, associado ao EI, reivindicou o ataque. Fontes do Ministério do Interior sírio confirmaram que o autor do atentado estava ligado a uma célula terrorista da organização.
O massacre contra a comunidade católica em pleno local de culto expõe novamente a brutalidade dos jihadistas, mesmo após o enfraquecimento militar do Estado Islâmico nos últimos anos. A violência em Damasco, até então relativamente contida, evidencia a persistência da ameaça terrorista e a vulnerabilidade de civis, inclusive em ambientes religiosos.
Em meio à tragédia, a ONU reiterou seu apoio ao povo sírio. “O secretário-geral reafirma o compromisso da ONU com os esforços para melhorar as condições de vida da população síria”, concluiu o porta-voz.
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