A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE. No trimestre anterior, a taxa era de 6,8%. Em comparação ao mesmo período do ano passado (7,1%), a queda foi de 1 ponto percentual.
Ao todo, 6,8 milhões de pessoas estavam sem emprego no país, número 8,6% menor em relação ao trimestre anterior e 12,3% menor na comparação anual. Segundo o analista do IBGE, William Kratochwill, o mercado de trabalho brasileiro está no melhor patamar dos últimos dez anos, semelhante ao que era visto no fim de 2014 e início de 2015.
A melhora no mercado de trabalho tem sido puxada pelo aumento no número de pessoas trabalhando e pela redução da subutilização da mão de obra. O total de pessoas ocupadas chegou a 103,9 milhões, alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,5% na comparação anual.
Outro destaque foi o aumento no número de empregados com carteira assinada no setor privado, que bateu um novo recorde e chegou a 39,8 milhões de pessoas. O crescimento foi de 0,5% em relação ao trimestre anterior e de 3,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui quem poderia trabalhar mais horas ou está disponível para trabalhar, mas não consegue emprego, caiu para 14,9%. Isso representa uma redução de 0,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,9 ponto percentual na comparação anual.
O levantamento também mostrou uma queda no número de desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego. Atualmente, são 2,89 milhões, o menor número desde 2016. A queda foi de 10,6% em relação ao trimestre anterior e de 13,1% na comparação anual.
“Essa queda pode ser explicada pela melhoria consistente das condições do mercado de trabalho, que gera mais oportunidades para pessoas que estavam desmotivadas a buscar emprego”, afirmou Kratochwill.
Números detalhados do mercado de trabalho:
• Taxa de desemprego: 6,2%
• Desempregados: 6,8 milhões
• Ocupados: 103,9 milhões
• Carteira assinada: 39,8 milhões (recorde)
• Sem carteira assinada: 13,7 milhões
• Conta própria: 26,2 milhões
• Trabalhadores informais: 39,3 milhões
• Desalentados: 2,89 milhões (menor nível desde 2016)
• População fora da força de trabalho: 66,7 milhões
O resultado confirma que o mercado de trabalho segue em recuperação consistente, com mais oportunidades formais e menos pessoas desalentadas, em um cenário de economia ainda em ritmo moderado de crescimento.
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