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Ex-ministro Gilson Machado é preso pela Polícia Federal

Ex-ministro Gilson Machado é preso pela Polícia Federal

Na manhã desta sexta-feira (13 de junho), a Polícia Federal (PF) cumpriu, em Recife (PE), um mandado de prisão contra o ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado Neto (PL), investigado por suposta tentativa de emitir passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, réu no inquérito da “trama golpista” no Supremo Tribunal Federal (STF). A operação foi autorizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Acusações – tentativa de fuga e obstrução

A PF investiga se Machado procurou o Consulado de Portugal em Recife com o objetivo de viabilizar um passaporte para Mauro Cid, o que facilitaria sua saída do Brasil para escapar de medidas judiciais decorrentes das investigações do golpe de 2022.

Não há confirmação de que o passaporte tenha sido emitido; acredita-se que Machado poderia ter buscado apoio em outros consulados ou embaixadas.

A PGR avalia que a conduta caracteriza possível tentativa de obstrução da Justiça. Machado nega e afirma ter ido ao consulado com “motivação estritamente familiar”.

Contexto da “trama golpista”

Mauro Cid é um dos principais delatores do inquérito que apura tentativas de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro no poder em 2022. Ele confirmou ao STF que Bolsonaro chegou a pressionar o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, quanto a relatório técnico das urnas eletrônicas.

Em sua delação, Cid incluiu Gilson Machado – assim como outros aliados próximos, como Onyx Lorenzoni, senadores Magno Malta e Jorge Seif, além de Michelle Bolsonaro – entre integrantes da ala mais radical que defendia ruptura institucional.

Em fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes determinou que Cid explique por que solicitou passaporte português.

Próximos passos

A PF abriu inquérito com base no aval da PGR. Machado será interrogado em Brasília e responderá por tentativa de obstrução e facilitador de fuga

A investigação pode se ampliar a outros órgãos diplomáticos e gerar novas medidas cautelares, como quebras de sigilo ou mandados de busca.

Politicamente, o episódio reforça a pressão sobre o grupo mais próximo de Bolsonaro dentro da Operação Contragolpe, que já indiciou cerca de 40 pessoas por tentativa de golpe e crimes correlatos



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