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Governo Bolsonaro prepara MP para tributar produtos vendidos por AliExpress, Wish, Shein e Shopee

Governo Bolsonaro prepara MP para tributar produtos vendidos por AliExpress, Wish, Shein e Shopee

O Ministério da Economia prepara medida provisória (MP) para coibir a venda de produtos comercializados por importadoras como Shopee, AliExpress, Wish, Shein, entre outras. A decisão se deu após uma reunião com empresários do setor varejista que chama as plataformas de "camelódromo digital".

A MP ganhou status de prioridade dentro da equipe econômica e da Receita Federal por pressão de empresários ligados ao governo, como Luciano Hang, dono da rede Havan e Alexandre Ostrowiecki, presidente da Multilaser.

O grupo apresentou ao presidente Bolsonaro e ao Ministro da Eonomia, Paulo Guedes, um documento nomeado "Contrabando Digital", que denuncia plataformas de fora do País que trazem produtos a pessoas físicas no Brasil, prática conhecida como ‘cross border’.

O assunto chegou à Procuradoria Geral da República (PGR) por "concorrência desleal", como afirmam os empresários. O material cita a “construção de engenharia de como burlar a Receita”.

O grupo pede que os consumidores sejam cobrados pelo governo no momento da compra, e não quando o produto importado passa pela Receita Federal e entra no Brasil.

Pelas regras de hoje, uma pessoa física no Brasil pode comprar algo de outra pessoa física no exterior sem pagar impostos se o valor for abaixo de US$ 50. A MP passaria a tributar diretamente das plataformas, além de dificultar a importação desenfreada de produtos.

Uma das possibilidades discutidas pelo governo é passar a tributar a importação feita por pessoas físicas por meio dessas plataformas digitais independentemente do valor da compra.

As empresas são acusadas pelos críticos de subfaturamento de notas fiscais e a reetiquetagem na Suécia, como tentativa de burlar a fiscalização. Segundo dados do grupo, apenas 2% das entregas são devidamente taxadas.

A causa também ganhou apoio de Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Associação Nacional dos Fabricantes Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) e do Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP).



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